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500 Kip– 1968 – Laos

  • awada
  • 23 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

A nação mais bombardeada na história da humanidade.

Esta cédula, mostrando combatentes atirando contra aviões da Força Aérea Americana, foi emitida para circular nas áreas sob controle do grupo comunista chamado Pathet Lao, ou "Terra do Laos", fundado em 1950 com apoio do Viet Minh do líder vietnamita Ho Chi Minh. O Pathet Lao deu início a uma guerra civil contra a monarquia constitucional que assumiu o poder logo após o Laos obter sua independência da França em 1949. Com o início da Guerra do Vietnã em 1955, o Laos tornou-se uma rota para o Vietnã do Norte, apoiado pelos soviéticos, abastecer a resistência dos vietcongues que lutavam contra o exército do Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados Unidos. Oficialmente o Laos era um país neutro, mas o temor por parte dos americanos que ele caísse em mãos dos comunistas do Pathet Lao, bem como o fato dele estar sendo utilizado para apoiar as incursões militares do Vietnã do Norte, fez com que o governo americano desse início, através da CIA, a uma contraofensiva não declarada. Ela foi chamada de Operação Momentum, onde a CIA armou e treinou militarmente um grupo étnico do norte do Laos para enfrentar o Pathet Lao. Como as incursões não pararam e os americanos não podiam lutar em terra, a opção foi bombardear alvos estratégicos no Laos. Em 1964 a Força Aérea dos EUA começou a usar aviões AC-130 e B-52 cheios de bombas de fragmentação em missões secretas baseadas na Tailândia. O país oficialmente neutro se tornou um campo de batalha na Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, com bombardeiros americanos lançando mais de dois milhões de toneladas de bombas sobre o Laos - mais do que todas as bombas lançadas durante a Segunda Guerra Mundial combinadas. Em 1975, um décimo da população do Laos, ou 200.000 civis e militares, estavam mortos. O dobro disso ficou ferido. Setecentos e cinquenta mil, um quarto da população, tornaram-se refugiados. Desde 1964, mais de 50.000 laocianos foram mortos ou feridos por bombas que não explodiram com o impacto, 98% deles civis.

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