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50 Pesetas – 1928 – Espanha

  • awada
  • 7 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

"A Rendição de Breda". Obra do humilde e famoso pintor Velázquez.

A pintura "A Rendição de Breda" de 1635 do espanhol Diego Velázquez (1599-1660) é o tema desta cédula, com o pintor retratado no seu anverso e a obra no verso. O pano de fundo da pintura foi a Guerra dos Oitenta Anos, na qual as províncias dos Países Baixos Espanhóis, lideradas pela Casa de Orange, lutavam pela sua independência da Espanha. Em 1590, Maurício de Orange tomou a cidade de Breda dos espanhóis. Apenas em 1625, após o fim de uma longa trégua, o monarca espanhol Felipe IV formou um exército de 30.000 homens, liderados pelo seu melhor estrategista militar, o genovês Ambrósio de Spinola, para sua retomada. Então defendida por Justino de Nassau, a cidade de Breda se viu cercada pelo exército de Spinola, cujo objetivo era impedir que chegassem reforços de víveres e munições ao local. Uma das ações que obteve mais sucesso foi o alagamento dos terrenos ao redor da cidade. A defesa de Breda pelos holandeses foi heroica, mas no final a guarnição de Justino de Nassau teve de se render. Foi uma capitulação honrosa, reconhecida inclusive pelo exército espanhol, que permitiu a saída das tropas da cidade em marcha militar e portando suas bandeiras à frente. Spinola deu ordem aos seus generais para que os vencidos fossem rigorosamente respeitados e tratados com dignidade. Contam as crônicas da época que Spinola aguardou fora das fortificações o general holandês, e este foi o momento que Velázquez escolheu para compor seu quadro. Os dois protagonistas estão no centro da cena e parecem dialogar mais como amigos do que como inimigos. Justino de Nassau aparece com as chaves de Breda na mão, e faz menção de ajoelhar-se, o que é impedido pelo seu adversário, que põe uma mão sobre seu ombro para evitar que ele se humilhe. Foi uma ruptura com a tradicional representação do herói militar que costumava ser representado erguido sobre o derrotado, humilhando-o. Este quadro foi destinado ao Salão de Reinos do recinto do Palácio do Bom Retiro de Madrid, destinado a narrar as batalhas do monarca. Quando foi colocado ali Velázquez manteve um pequeno espaço em branco no canto inferior direito do quadro, reservado sem dúvida para inscrever a data e sua assinatura. Ele, porém, nunca o fez, como ocorreu com outras tantas obras suas.


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