50 Francs – 1961 – Luxemburgo
- awada
- 11 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jun. de 2023
Carlota de Luxemburgo. A Grã-Duquesa que se opôs firmemente aos nazistas.


A Grã-Duquesa Carlota de Luxemburgo (1896-1985) reinou de 1919 a 1964, apesar de já em 1961 ter transferido ao príncipe João, seu filho mais velho, todas as responsabilidades ducais na preparação para sua abdicação. Segunda filha do Grão-Duque Guilherme IV, Carlota sucedeu sua irmã mais velha Marie-Adelaide, que abdicou em janeiro de 1919 após ter ganho reputação pró-alemã durante a Primeira Grande Guerra. Ao assumir, Carlota imediatamente convocou um referendo para estabelecer uma nova constituição, no qual três quartos dos luxemburgueses optaram pela continuação da monarquia com Carlota como Chefe de Estado em detrimento a uma república, apesar do poder da monarquia ter sido severamente restrito. Quando a Alemanha nazista invadiu Luxemburgo em maio de 1940, Carlota fugiu com seu governo, estabelecendo-se em Londres. De lá ela enviava frequentes mensagens de rádio através da BBC. A Grã-Duquesa sempre iniciava os seus discursos com um “Léif Lëtzebuerger” (Caros luxemburgueses) para continuar com suas palavras de encorajamento e animo, pedindo firmeza e confiança em um futuro de paz e democracia. Assim, ela se tornou uma espécie de mãe protetora no exílio, além de servir como Chefe de Estado no exílio que exortava os Estados Unidos a participar da luta ao lado dos aliados. Antes de se estabelecer em Londres, a Grã-Duquesa foi tentada pelas autoridades nazistas, que lhe ofereceram a chance de retornar a Luxemburgo e recuperar suas funções como Chefe de Estado. Carlota respondeu: "Meu coração me diz sim, mas a razão me diz não." Sua recusa aos nazistas tornou-a não apenas soberana no exílio, mas também a líder da resistência luxemburguesa contra a barbárie dos alemães. Carlota apenas regressou a Luxemburgo após receber luz verde dos Aliados, em abril de 1945. Em 1948 a constituição de Luxemburgo foi novamente alterada, fornecendo sufrágio universal e abolindo a tão violada neutralidade desarmada do país. E assim, a bela e elegante jovem, de carácter contundente que, ao contrário da sua irmã Adelaide, lutou pela identidade do país, tornou-se um ícone para os luxemburgueses, que a viam como heroína da resistência e símbolo da independência do Grão-Ducado de Luxemburgo.
Comments