50 Francs – 1945 – Bélgica
- awada
- 13 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de jan. de 2024
A cornucópia. O símbolo da fertilidade, riqueza e abundância.


A cédula acima retrata em seu reverso uma figura feminina alegórica sustentando em seus braços um veleiro e uma cornucópia, simbolizando respectivamente o comércio e a riqueza de uma nação. Na antiguidade clássica, a cornucópia, do latim "cornu" (chifre) e "copia" (abundância), ou o “chifre da abundância”, era comumente representada na forma de um chifre transbordando de produtos agrícolas, frutos e flores, uma espécie de fonte natural que fornecia gratuitamente e ilimitadamente todos os bens necessários às expectativas humanas. Cestas e vasos com esta forma eram tradicionalmente utilizados na Ásia Ocidental e na Europa para transportar e guardar produtos alimentícios recém-colhidos. A mitologia greco-romana oferece múltiplas explicações sobre a origem da cornucópia. Um dos mitos mais conhecidos envolve o nascimento e criação do deus grego Zeus (Júpiter para os romanos), que teve de ser escondido de seu pai devorador Cronos. Em uma caverna no Monte Ida, na Ilha de Creta, Zeus foi cuidado e protegido por vários assistentes divinos, incluindo a ninfa/cabra Amalthea, a "deusa nutritiva", que o alimentou com seu leite. O futuro rei dos deuses amamentado tinha habilidades e forças incomuns, e ao brincar com sua babá acidentalmente quebrou um de seus chifres. Como compensação, Zeus prometeu a Amalthea que o chifre quebrado jamais se esvaziaria dos frutos de seu desejo. Para os antigos romanos, a cornucópia também estava bastante relacionada à deusa "Abundantia", que como o nome deixa evidente, era a personificação da abundância, da prosperidade e da fortuna. Esta representação pode de alguma forma ter sobrevivido na Gália romana e na França medieval, onde Abundantia era representada carregando uma cornucópia cheia de grãos e moedas. Como símbolo religioso, a cornucópia simboliza tanto o falo e o sagrado masculino (representado pelo chifre) quanto o útero e o sagrado feminino (representado por sua infinita fertilidade).
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