50.000 Cruzeiros Reais – 1994 – Brasil
- awada
- 22 de mai.
- 2 min de leitura
O plano que marcou o fim da hiperinflação no Brasil.


A "Cédula da Baiana" é uma homenagem à cultura e história brasileira, destacando a riqueza da Bahia e a tradição afro-brasileira. Ela foi emitida em 1994, num período de grande instabilidade econômica e transições monetárias no Brasil. As altas taxas de inflação que marcaram a vigência do terceiro padrão Cruzeiro entre os anos 1990 e 1993 fizeram com que os preços dos produtos de consumo cotidiano fossem expressos em milhares de cruzeiros e os salários fossem contabilizados em milhões de cruzeiros. Isto levou o governo Itamar Franco a editar uma Medida Provisória, posteriormente convertida em lei, que criou o Cruzeiro Real, equivalente a mil cruzeiros. Seu lançamento, assim como as demais cédulas em Cruzeiros Reais, ocorreu no contexto da implementação do Plano Real em 01/08/1993, que viria a substituir o antigo Cruzeiro pelo Real, marcando uma nova fase na história econômica do Brasil. O padrão Cruzeiro Real perdurou até 30/06/1994 quando foi efetivamente substituído pelo Real, tornando-se desta forma o padrão monetário mais breve do Brasil com apenas 11 meses de vida. A taxa de conversão foi de R$ 1,00 para CR$ 2.750,00, de modo que a cédula acima de 50.000 Cruzeiros Reais equivalia a R$ 18,18. Seu design apresenta no anverso a estampa de uma típica baiana ao lado de uma penca de balangandãs, um dos principais símbolos da cultura afro-brasileira, com seus elementos pendentes como figas, frutos, animais, chaves, etc., todos elementos do sincretismo das religiões africanas com o catolicismo. Curiosamente, o nome "balangandã" vem do som que é gerado quando os enfeites se movem. No reverso surge novamente a estampa de uma baiana com seu tabuleiro mostrando os itens do acarajé, com a Igreja do Senhor do Bonfim ao fundo.
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