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5 Pounds – 1983 – Escócia

  • awada
  • 30 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de jan. de 2024

“Os melhores planos de camundongos e homens; Por vezes se arruínam”. (Robert Burns)



A figura retratada nesta cédula é Robert Burns (1759-1796), considerado o poeta nacional da Escócia. Burns escreveu poemas cheios de simplicidade e espontaneidade, com temas principalmente focando sua aldeia, a natureza e seus amores. Um dos seus poemas mais famosos escrito em 1785 é conhecido como "To a Mouse" (Para um Camundongo). O poeta narra a história de um fazendeiro que acidentalmente destruiu um ninho de camundongo com o seu arado. Ao ver o pequeno animal correndo desesperadamente ao redor, ele lhe diz que não tem intenção de persegui-lo ou atacá-lo. Ele também lhe diz que lamenta que a humanidade tenha dominado a Terra e suas criaturas, arruinando a harmonia que naturalmente deveria existir entre as pessoas e os animais. Esta dominação tornava compreensível o medo que o camundongo sentia, mesmo sendo ele, o fazendeiro, uma criatura tão carente e vulnerável quanto o frágil roedor. O fazendeiro sabe que o camundongo às vezes rouba comida de seus estoques, mas se pergunta se isto tem importância, afinal o pobre animal precisa sobreviver. A ocasional perda de uma pequena espiga de milho é algo a ser desconsiderado - ele precisa dar graças ao que lhe sobra e não irá sofrer por causa daquilo que o camundongo tira. O fazendeiro volta sua atenção para o pequeno ninho destruído e sente pelo esforço feito pelo camundongo, já que a pobre criatura esperava viver confortavelmente protegida da chuva e ventos do inverno que se aproximava. Mas ele percebe que não é apenas com o camundongo que planejar o futuro às vezes pode ser inútil. Mesmo os planos mais cuidadosos, criados por animais ou humanos, podem dar errado. E quando isso acontece, o planejador experimenta tristeza e angústia em vez da felicidade que almejava. Por fim o fazendeiro constata que o camundongo tem sorte em comparação a ele. O camundongo é afetado apenas pelo momento presente. Já o fazendeiro pode olhar para o passado e reviver memórias dolorosas. E também pode olhar para o futuro e, apesar de não saber ao certo o que este lhe trará, ele pode antecipá-lo e temer o que poderá acontecer.

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