As cédulas que valeram apenas dentro dos quartéis.

Em 1945, ao final da Segunda Grande Guerra na Europa, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Rússia concordaram na Conferência de Potsdam em dividir a Alemanha e a Áustria em quatro zonas de ocupação. O trabalho dos Aliados nestas zonas foi desafiador. Eles tiveram que desarmar a máquina de guerra alemã, remontar a infraestrutura básica dos países e lidar com a população à beira da fome. Para este fim, os exércitos operavam como um país dentro de um país, exigindo um sistema monetário que funcionasse para atender as necessidades das forças ocupantes. Historicamente, os soldados servindo no exterior eram pagos em moeda local, e não em sua moeda "doméstica", de modo que a maior parte do dinheiro sacado pelos soldados iria diretamente para a economia local, já que em uma economia prejudicada, os efeitos de uma moeda forte circulando livremente ao lado de moedas locais mais fracas poderia ser gravemente problemático, arriscando uma inflação severa. Assim fizeram os britânicos no pós-guerra. Mas havia um problema - bens destinados às tropas eram vendidos para um próspero mercado negro entre a população local a preços altamente inflacionados. Foi decidido em março de 1946 que um sistema especial de vales militares era necessário. Após um período de preparação notavelmente breve, a primeira série de 52.400.000 de Vales Especiais das Forças Armadas Britânicas, avaliada em pouco mais de 10 milhões de libras esterlinas, foi lançada em agosto de 1946 para ser usada apenas nos estabelecimentos criados pelas Forças Armadas para vender mercadorias aos militares e suas famílias. Duas séries foram emitidas para uso na Alemanha e Áustria ocupadas, mas com o advento de outras crises e da Guerra Fria, novas séries foram necessárias, até 1972, que foi usada em Berlim Ocidental até 1979. Em 1991, o Ministério da Defesa britânico leiloou seu estoque de 17 milhões de vales não circulados para um consórcio de concessionários, o que possibilitou sua chegada às mãos dos colecionadores.