"KKK". A sociedade secreta que deu origem ao movimento de independência das Filipinas.

O início da colonização europeia das Filipinas ocorreu em 1521 quando o navegador português Fernão de Magalhães lá aportou. Já o primeiro assentamento definitivo foi estabelecido em 1565 pelos espanhóis, que batizaram e tornaram as Filipinas parte do Império Espanhol por mais de 300 anos. No fim do século XIX ocorreu a Revolução Filipina (1896-1898), que teve origem em uma organização secreta anticolonial chamada Katipunan ou KKK, com sua bandeira retratada nesta cédula. Qualquer filipino que desejasse se unir ao Katipunan era submetido a certos rituais de iniciação, semelhantes aos rituais maçônicos, para testar sua coragem, patriotismo e lealdade. Três novos recrutas eram submetidos ao ritual de cada vez, para que nenhum membro conhecesse mais do que dois membros da sociedade. Em uma sala iluminada por velas eles ficavam frente a uma mesa decorada com uma caveira e uma faca filipina conhecida como "bolo", onde eram submetidos a perguntas sobre suas motivações. Logo após o recruta era vendado e submetido à várias provações, como fazê-lo atirar em uma pessoa com uma arma supostamente carregada e saltar sobre um braseiro supostamente acesso. Vinha então a parte final – o pacto de sangue. Perante a bandeira do movimento com as letras KKK o recruta assinava o juramento para combater a opressão colonial imposta pelos espanhóis com sangue retirado do próprio braço com a "bolo". Uma vez aceito, ele recebia um nome de guerra. A independência da Espanha foi declarada em 1898, com a ajuda extraoficial dos EUA. Porém ela não foi reconhecida nem pela Espanha, nem pelo próprio EUA que a ajudou, o que daria início a um novo conflito – a Guerra Filipino-Americana (1899-1902) e a subsequente ocupação pelos Estados Unidos, seguida da ocupação japonesa (1942-1945) até finalmente sua independência em 1946.