5 Francs – 1969 – França
- awada
- 31 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jan. de 2024
"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito dela, nos aproxima." (Louis Pasteur)


A pandemia do Covid-19 mostrou ao mundo a importância das vacinas para a erradicação e o controle de um vírus que pode ser fatal para o ser humano. Elas foram desenvolvidas em tempo recorde, mas o caminho para a humanidade chegar a este ponto foi longo e precisou do esforço de cientistas que acreditaram na vacina e desenvolveram os estudos iniciais sobre elas. Este é o caso de Louis Pasteur (1822-1895), um cientista francês cujas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina. No campo da química deve-se a ele a invenção do processo para impedir que alimentos como leite, queijo, vinho, cerveja e outros desenvolvessem microrganismos patogênicos, processo que posteriormente foi chamado de "pasteurização" em sua homenagem. Mas uma contribuição ainda maior se deu no campo da medicina, onde ele foi determinante para a criação das primeiras vacinas. Através de suas pesquisas, Pasteur conseguiu identificar o vírus transmissor da raiva e desenvolveu a primeira vacina antirrábica. Em 1885, uma criança de 9 anos, que havia sido mordida por um cachorro com raiva, foi a primeira pessoa a tomar uma vacina antirrábica no mundo. Suas experiências acabaram por estabelecer definitivamente os microrganismos como os causadores de inúmeras doenças, uma teoria bastante controversa na época em que Pasteur viveu. Tanto é que ele enfrentou uma virulenta oposição da imprensa e da opinião pública francesa, que suspeitavam de suas vacinas. Contra ele criou-se a Liga Universal dos Antivacinadores, que, décadas depois, teria sua versão tupiniquim - a Liga Contra a Vacinação Obrigatória, que atacava o sanitarista Osvaldo Cruz no combate à varíola e que desencadeou a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro em 1904.
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