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100/1.000/5.000 Francs – 1970-1984 – Mali

  • awada
  • 13 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023

África e pobreza extrema. Uma tendência cada vez mais difícil de ser revertida.

Em setembro de 2015, 193 países membros integrantes da Assembléia Geral das Nações Unidas acordaram 17 Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável. Chamado “Agenda 2030”, o objetivo número 1 é acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares do mundo. De fato, a pobreza extrema vinha se reduzindo no mundo até 2019. Mas a pandemia da Covid-19 em 2020 reverteu esta tendência de queda, levantando um pessimismo quanto ao potencial deste objetivo realmente ser alcançado. Históricamente, pode-se dizer que a pobreza é tão antiga quanto a própria civilização humana. Desde que os seres humanos passaram a viver em sociedades complexas, sempre houve um segmento da população que poderia ser considerada pobre pelos padrões da época. E o mesmo é verdade nos dias de hoje. O mundo possui atualmente 1,3 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, que é definida pelo Banco Mundial ter uma renda de até US$ 1,25 por dia, ou uma renda percapta anual de U$ 456. Mas pobreza é mais do que a falta de renda. Algumas pessoas são tão pobres que sua própria sobrevivência está em jogo, porque elas não tem acesso às necessidades básicas da vida, como comida, água tratada, saúde, moradia, educação e segurança. Pessoas pobres podem ser encontradas em todos os países do mundo, mas há alguns deles onde a pobreza é especialmente aguda. Dos 30 países mais pobres do mundo, 25 estão localizados na África. Mesmo sendo uma das regiões menos castigadas pela Covid, a África Sub-saariana contabilizou em 2021 o maior contigente de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza - 556 milhões. Estes países são pobres por uma série de razões. Muitos por causa da instabilidade política, má governança e corrupção. Outros devido aos efeitos persistentes causados pelo colonialismo europeu, que tornou a boa governança muito difícil, senão impossível, devido a imposição de fronteiras sem qualquer consideração pelos povos nativos dos territórios que eles estavam dividindo. Como resultado, em muitos casos, diferentes grupos étnicos, religiosos e linguísticos que nunca fizeram parte da mesma entidade territorial foram repentinamente forçados a viver juntos no mesmo país, levando a conflitos e, em última instância, a tornarem-se países ingovernáveis. A ironia ainda maior é que muitos destes países mais pobres e mal governados do mundo têm o potencial de serem países muito ricos, porque estão repletos de recursos naturais. O Mali é um exemplo clássico desta distorção. Ex-colônia francesa que obteve sua independência em 1960, o Mali é atualmente uma das nações mais pobres do mundo, com mais da metade da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza com menos de 1 dólar por dia, mesmo sendo o 3º maior produtor de ouro da África e o 16º do mundo. Mas como o Mali, a maioria dos países mais pobres do mundo ainda são países jovens, o que significa que com o tempo e a liderança certa, eles podem aprender a criar governos eficazes e estáveis, superarando o legado do colonialismo europeu e trazendo um pouco de alívio à suas populações tão sofridas e carentes.

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