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5.000 Escudos – 1987 – Portugal

  • awada
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

Dos Réis ao Escudo: A Moeda da República Portuguesa.

A moeda denominada "escudo" tem uma origem que remonta à tradição europeia medieval e foi adotada por vários países ao longo da história. O termo deriva do latim scutum, o instrumento defensivo usado por soldados. Durante a Idade Média e o Renascimento, várias moedas europeias levavam o nome escudo devido ao brasão de armas que aparecia em uma das faces. Na França, o écu (francês para escudo) surgiu no século XIII, sendo cunhado com um escudo real na face, mas nunca foi utilizado em cédulas. Na Espanha, o escudo espanhol foi uma moeda usada a partir do século XVI e em cédulas apenas por um breve período entre 1866 e  1873. O mesmo aconteceu na Itália, onde o scuti foi utilizado em cédulas emitidas pelos Estados Papais (o Estado da Igreja) entre 1785 e 1867. Em Portugal sua adoção entretanto se deu mais tarde. Após a Proclamação da República Portuguesa em 1910, o novo regime buscava uma ruptura definitiva com a monarquia. Isso incluía mudanças nos símbolos oficiais, como o brasão de armas, o hino nacional e, claro, o sistema monetário. Desta forma, em 1911, foi oficialmente adotada uma nova unidade monetária: o escudo português, substituindo o réis (e o mil réis), que era usado em cédulas desde 1798. A escolha do nome escudo se deu para enfatizar a mudança política, já que o réis evocava a monarquia, enquanto o escudo era um termo neutro, não ligado a realeza. Além disso, o nome já era conhecido no meio monetário europeu, o que facilitava a aceitação internacional. Por fim, o escudo representava proteção, soberania e continuidade do Estado - valores que os republicanos desejavam associar à nova ordem política. O escudo português permaneceu como moeda nacional até 2002, quando foi substituído pelo euro, após a integração de Portugal na zona do euro.

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