25 Syrian Pounds – 1970 – Síria
- awada
- 28 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2023
Monumentos que sobreviveram ao tempo por mais de 2.000 anos hoje estão sob ameaça.


A Síria é um país de antigas cidades, e Bosra é uma das mais fascinantes. Ela foi no passado a capital da província romana da Arabia, um importante ponto de reabastecimento na antiga rota com destino à Meca. Ela foi mencionada pela primeira vez no século XIV aC. em hieróglifos dos faraós egípcios Akhenaton e Tutemés III. Mil anos depois ela se tornou a capital do reino nabateu. Bosra depois passou pelo domínio de gregos, romanos e bizantinos, bem como sofreu invasões de árabes mulçumanos e mongóis. Hoje, Bosra é um importante sítio arqueológico, contendo ruínas de todas estas antigas culturas, incluindo igrejas cristãs. Entre estes monumentos se sobressai o principal símbolo da cidade - o anfiteatro romano visto nesta cédula. Construído no século II dC., provavelmente durante o reinado do imperador Trajano, ele foi preservado quase integralmente. Projetado para 15 mil espectadores, um dos maiores da antiga civilização romana, sua acústica permitia que todo o público pudesse ouvir os atores sem dificuldade. A grande área em frente ao palco pode também ter sido usada para torneios de gladiadores ou circos. Em 632 dC. Bosra foi a primeira cidade do Império Bizantino a cair diante dos mulçumanos árabes e a partir daí passou a florescer como um importante ponto tanto na rota comercial como na rota de peregrinação islâmica entre Damasco e Meca. Apesar do anfiteatro ter sido originalmente construído fora das muralhas da cidade, entre os séculos V e XIII dC. ele foi completamente envolto por estruturas fortificadas pelos mulçumanos aiúbidas, perdendo, portanto, sua função primária e passando a servir como uma cidadela fortificada para conter o avanço das Cruzadas. Bosra sobrevive há cerca de 2.500 anos habitada e quase intacta. Nabateus, romanos, bizantinos e árabes, todos estes povos deixaram seus vestígios na cidade, o que faz dela um museu a céu aberto sobre episódios significativos destas antigas culturas. Mas desde 2013 seus monumentos arquitetônicos estão em perigo, o que fez a Unesco os colocar na lista de patrimônios mundiais sob ameaça. Eles tem sido danificados pelos conflitos militares conduzidos nas proximidades em decorrência da Guerra Civil Síria, que teve início em 2011 e se encontra em curso até os dias de hoje.
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