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2000 Ariary – 2007 – Madagascar

  • awada
  • 6 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jun. de 2023

Segundo uma antiga lenda africana, se um morto for sepultado dentro de um baobá, sua alma irá viver enquanto a planta existir.

Apesar de não ser uma árvore nativa do Brasil, poucas pessoas não a reconheceriam de imediato ao se defrontar com sua imagem – o baobá. Parte de sua fama vem do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry, onde o pequeno príncipe tinha medo de que seus brotos pudessem crescer muito rápido e destruir seu pequeno planeta. Na verdade, o baobá, cujo nome genérico é Adansonia em homenagem ao naturalista francês Michel Adanson que o descreveu no século XVIII, é uma árvore de crescimento lento e que pode viver centenas de anos. Datação por rádio carbono feita em alguns espécimes chegou a uma estimativa de pelo menos 1275 anos de idade, o que a torna a angiosperma (planta com frutos e sementes) mais antiga que se conhece. Das nove espécies conhecidas, seis são nativas da ilha de Madagascar, onde tornou-se sua árvore nacional. O baobá pode atingir até 25 metros de altura e 11 metros de diâmetro. Quando fica despido de suas folhas, seus galhos se parecem com raízes, dando a impressão de uma árvore de ponta-cabeça. Outro fato inusitado é que, por ser de ocorrência natural de regiões sazonalmente áridas, sua capacidade de armazenar água nos tecidos do seu tronco durante o período de chuva é enorme, podendo chegar até 100 mil litros de água. Ao envelhecerem, seus troncos podem ficar ocos, convertendo-se em grandes depósitos de água que podem inclusive ser usado como cisternas para os povoados locais. Existem alguns exemplares de baobás aqui no Brasil, provavelmente trazidos por sacerdotes africanos durante o período de escravidão. Um particularmente interessante, é o Baobá do Poeta, o maior em circunferência no Brasil, com 19,5 metros. Credita-se a este baobá a inspiração de Saint-Exupéry ao criar os desenhos de “O Pequeno Príncipe”, uma vez que ele foi visitado pelo autor entre 1920 e 1930, quando foi hóspede do terreno da proprietária onde se encontra a árvore.

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