20 Rupees – 1970-2002 – Índia
- awada
- 24 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2023
O conceito do tempo no Hinduísmo.


A imagem retratada nesta cédula representa a Roda do Tempo ou a Roda da História, e é um conceito encontrado em muitas tradições religiosas e filosofias, notavelmente as de origem hindu. A maioria de nós estamos acostumados a viver a vida de acordo com crenças e padrões lineares de existência. Acreditamos que tudo tem um começo, um meio e um fim. Mas o Hinduísmo tem pouco a ver com a natureza linear da história, com o conceito linear de tempo e com o padrão linear da vida. A passagem do tempo linear nos trouxe onde estamos hoje. Mas o Hinduísmo vê o conceito de tempo de forma diferente, e há uma perspectiva cósmica para ele. Os hindus acreditam que o processo de criação se move em ciclos e que cada ciclo tem quatro grandes épocas de tempo ou "yugas", chamadas de Satya Yuga, Treta Yuga, Dwapar Yuga e Kali Yuga. À medida que a Roda do Tempo se move, estas quatro "yugas" avançam em direção à próxima, perfazendo um ciclo total de 4.320.000 anos. E desta forma o processo de criação é cíclico e nunca termina, ou seja, ele "começa do fim e termina no começo". De acordo com a teoria hindu da criação, o tempo (em sânscrito "kal") é uma manifestação de Deus. A criação começa quando Deus torna sua energia ativa e termina quando Ele passa toda esta energia para um estado de inatividade. Deus é atemporal, pois o tempo é relativo e deixa de existir no Absoluto. O passado, o presente e o futuro coexistem nele simultaneamente. Deus cria o ciclo do tempo, chamado de "Kalachakra", para criar as divisões e os movimentos da vida e sustentar os mundos em intervalos de tempo periódicos. Deus também usa o tempo para criar as "ilusões" de vida e morte. O tempo é responsável pela velhice, pela morte e pelo definhamento de suas criações. A morte não é o fim de um ciclo, mas uma porta de entrada para o próximo, para o nascimento. Isso também se aplica ao próprio Universo e é semelhante aos padrões cíclicos dos ritmos da Natureza.
Comments