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2 Pesos Oro – 1972 – Colômbia

  • awada
  • 11 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

A lenda do El Dorado e a corrida pelo ouro que perdurou por séculos.

A "Balsa El Dorado" retratada nesta cédula é um trabalho artístico feito em ouro, prata e cobre pelo povo Muisca, uma das quatro grandes civilizações do Altiplano Andino que viveu na parte oriental dos Andes colombianos. Exposta no Museu do Ouro de Bogotá, estima-se que ela foi produzida entre os anos 600 e 1600. El Dorado, originalmente "El Hombre Dorado" (O Homem Dourado) ou "El Rey Dorado" (O Rei Dourado), era o termo utilizado pelos espanhóis no século XVI para descrever o mítico chefe tribal deste povo. Durante o ritual de posse do povo Muisca, o herdeiro tinha seu corpo coberto com pó de ouro e, a partir de sua balsa, oferecia tesouros a Guatavita, a deusa do lago sagrado de mesmo nome. A figura central aparentemente representa o rei, adornado com cocares, argolas e brincos, acompanhado de seus quatro principais caciques. As lendas que envolvem El Dorado mudaram com o passar do tempo, passando de um homem, à uma cidade, à um reino, até finalmente chegar à um império. Uma segunda localização para El Dorado surgiu a partir de lendas que inspiraram várias expedições malsucedidas em busca de uma cidade chamada Manoa nas margens de um legendário Lago Parima, em algum lugar da América do Sul. A busca por esta cidade mítica e seu rico rei pelos conquistadores espanhóis e muitos outros exploradores permitiu o mapeamento do que hoje é a Colômbia, a Venezuela e partes da Guiana e do norte do Brasil, incluindo o Rio Amazonas. As buscas mais famosas foram de Walter Raleigh (1552-1618), um explorador britânico, que em 1595 partiu a procura da "Cidade de Ouro". Em 1596 ele publicou "A Descoberta do Grande, Rico e Belo Império da Guiana", um relato de sua viagem com reinvindicações exageradas sobre o que ele descobriu e que ampliou e popularizou a lenda do Eldorado, mas sem alcançar seu objetivo. Uma segunda viagem de Raleigh se deu em 1617, novamente sem sucesso. Em 1925, o capitão inglês Percy Fawcett (1867-19250 fez uma das últimas procuras do Eldorado, acompanhado do filho e um amigo. Fawcett embrenhou-se nas selvas de Rondônia e Mato Grosso em busca da "Cidade Z", que seria o Eldorado. Algumas semanas depois, todos eles desapareceram para sempre na Serra do Caiapó, provavelmente mortos pelos índios Kalapalo.

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