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2 Dollars – 2013 – Barbados

  • awada
  • 28 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jun. de 2023

Moinhos de vento. Mais famosos na Holanda, eles também atraem turistas em outras partes do mundo.

Diferentemente dos engenhos de cana-de-açúcar do Brasil Colonial, que eram movidos por força animal (trapiche) ou por força hidráulica (moinho de água), os moinhos do Caribe utilizavam a força dos ventos, onde uma torre, quatro braços gigantescos e engrenagens transferiam o giro das velas para os roletes que moíam a cana. O "Morgan Lewis Sugar Mill" retratado nesta cédula é o último entre os muitos moinhos de vento construídos em Barbados para produzir açúcar e um dos dois únicos ainda em funcionamento no mundo, estando o outro na ilha de Antigua, também no Caribe. Barbados, uma colônia britânica durante grande parte de sua história moderna (1627-1966), tornou-se um dos maiores produtores de açúcar no final do século XVII, quando substituiu o tabaco como o seu principal produto de exportação. O açúcar caribenho, introduzido inicialmente pelos holandeses após sua expulsão de Pernambuco e seguido pelos franceses e ingleses, foi um dos motivadores do fim do Ciclo do Açúcar do Brasil em função da falta de competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. Apesar das técnicas diferentes para a produção do açúcar caribenho e brasileiro, ambas eram fortemente sustentados pela mão de obra escrava. Por mais de um século esta atividade foi a espinha dorsal da economia de Barbados e, mesmo nos dias de hoje, com a escravidão há muito tempo abolida e com o país independente desde 1966, o açúcar continua a ser um importante produto de exportação. O Morgan Lewis Mill parou de moer cana para fins comerciais em 1947 e em 1962 o moinho foi doado pelo seu proprietário e se transformou em um museu, símbolo da história econômica e social da ilha. Em função do seu frágil estado de conservação, o moinho foi desmontado para restauração e reaberto ao público em 1999. Com todas as suas partes originais preservadas, suas velas voltaram a girar para moer cana após mais de meio século paradas, não mais para fins comerciais e sim para incrementar o turismo na ilha.

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