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100 Togrog – 1955 – Mongólia

  • awada
  • 6 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

A história transforma alguns em heróis, enquanto outros simplesmente caem no esquecimento.

Para algumas nações, a imagem de um personagem é a personificação do próprio país. Assim como a imagem de Lenin é imediatamente associada à União Soviética e a de Mao Zedong à China, a imagem de Sukhbaatar (1893-1923) que vemos nesta cédula, embora muito pouco conhecida fora da Mongólia, está intimamente ligada à fundação deste estado comunista. A Mongólia fazia parte da dinastia Qing, quando esta entrou em colapso em 1911. Um acordo entre a Rússia Czarista e a recém-criada República da China estabeleceu a Mongólia como um estado autônomo da China. Em 1912, Sukhbaatar foi convocado para o exército da Mongólia Autônoma e frequentou a escola militar, sob a tutela de instrutores russos, onde se tornou um oficial. Quando em 1918-1919 os russos travavam sua guerra civil, os chineses retomaram a Mongólia e dissolveram seu exército. Neste mesmo ano Sukhbaatar fundou um grupo nacionalista e se uniu a outros já existentes, que mais tarde evoluíram para o Partido Popular da Mongólia, com o apoio e assistência dos bolcheviques. Durante a Revolução Mongol de 1921, como comandante em chefe do Exército Popular da Mongólia, Sukhbaatar tomou a capital da Khuree, atualmente chamada Ulaanbaatar em sua homenagem. Após a expulsão tanto dos chineses como dos russos antibolcheviques que haviam se infiltrado no país, foi oficialmente fundada a República Popular da Mongólia, com Sukhbaatar tornando-se seu Ministro do Exército. Embora nominalmente independente, a República Popular da Mongólia tornou-se um estado satélite da União Soviética, assim permanecendo até a revolução de 1990. Em 1923, com apenas 30 anos, Sukhbaatar morreu de causas até hoje não totalmente esclarecidas. Apesar de vários líderes revolucionários serem responsáveis pela criação do novo governo, alguns continuaram a ser lembrados com distinção enquanto outros caíram em descrédito durante a luta pelo poder dentro do Partido Comunista. Sukhbaatar continua sendo aquele a quem o reconhecimento não apenas permaneceu como cresceu com o passar do tempo. As atuais histórias mongóis exageram suas ações e minimizam ou ignoram as ações de seus compatriotas. No entanto, quaisquer que sejam os acertos e erros no registro da história, Sukhbaatar é hoje o herói da Mongólia.

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