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100 Syrian Pounds – 1978 – Síria

  • awada
  • 28 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

Zenóbia, a rainha guerreira descendente de Cleópatra que desafiou o Império Romano.

No século II d.C. o Império Romano atingiu sua maior extensão, abrangendo grande parte da Europa, Oriente Médio e Norte da África. Um dos lugares mais importantes deste vasto império era a cidade de Palmira, na então província da Síria. Palmira tinha uma localização estratégica entre o Mar Mediterrâneo, a oeste, e o Rio Eufrates, a leste. Isso a tornava parada obrigatória para caravanas viajando na Rota da Seda, o que acabou trazendo grande prosperidade à cidade. No século III, Palmira havia se tornado uma das cidades mais ricas do Império Romano. Também tinha grande importância militar, pois servia de barreira contra seu arqui-inimigo, o vizinho Império Persa. Palmira se tornou tão poderosa que se aproveitou de uma das piores crises do Império Romano, quando este, sob o imperador Claudio Gótico, estava diante de fortes ameaças pelos povos vizinhos godos, gauleses e germânicos. No ano 268, Palmira decidiu se insurgir contra os romanos e criar seu próprio império. Essa façanha foi liderada por uma mulher – Zenóbia (c.240-após 274), a rainha regente de Palmira. Zenóbia, conhecida por sua cultura e habilidade militar, fundou o Império Palmira. Entre 268 e 272, a frente de seu poderoso exército, ela conseguiu tomar a Síria, o Egito, a Anatólia, a Palestina e o Líbano. Em 270, Zenóbia chegou a se autoproclamar rainha do Egito e até cunhou moedas egípcias à sua imagem. Mas, diferentemente de sua antecessora mais famosa, Cleópatra, de quem ela afirmava ser descendente, a rainha de Palmira não conseguiu permanecer muito tempo no poder. A derrocada ocorreu quando o imperador romano Aureliano assumiu o poder em Roma em 270. Um a um ele recuperou os territórios perdidos para Zenóbia, fazendo-a se refugiar em Palmira. No final ela foi capturada e levada para Roma, onde o imperador organizou uma marcha triunfal na qual expôs sua prisioneira humilhada. Seu reinado foi breve, mas sua ascensão e queda inspiraram historiadores, artistas e romancistas, e hoje ela é uma heroína nacional na Síria.

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