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100 Ouguiya – 1973 – Mauritânia

  • awada
  • 12 de abr. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 11 de jan. de 2024

Mauritânia. O último reduto da escravidão tradicional no mundo.



A escravidão sempre esteve profundamente enraizada na estrutura social da Mauritânia, uma antiga colônia francesa localizada no noroeste da África que se tornou independente em 1960. Já em 1905 a administração francesa declarou o fim da escravidão na sua colônia, mas com muito pouco sucesso. Ela foi novamente abolida em 1981, o que tornou a Mauritânia o último país do mundo a aboli-la oficialmente. Porém, foi apenas em 2007, depois de forte pressão internacional, que um decreto presidencial tornou ilegal ter escravos no país. Apesar disso ela persistiu, fazendo o Índice Global da Escravidão da Fundação Walk Free estimar em 2018 em 90.000 o número de pessoas que vivem na escravidão na Mauritânia, correspondente a 2,1% da sua população. Apesar de outros países da região também terem pessoas em "condições de escravidão", a situação na Mauritânia é considerada "incomumente severa" pois compreende em grande parte uma população negra escravizada por “mestres árabes”. A posição oficial do governo há décadas é que "a escravidão está totalmente erradicada e que todas as pessoas são livres no país", e que falar sobre isso sugere “uma manipulação por parte do Ocidente, um ato de inimizade contra o Islã ou a influência por parte do governo de ocupação sionista". Os obstáculos à completa erradicação da escravidão incluem a dificuldade de aplicar as leis nas vastas regiões desérticas do país, bem como a pobreza que limita as oportunidades dos escravos de se autossustentarem se libertos e a crença de que a escravidão é parte da ordem natural da sua sociedade. Uma triste realidade que persiste no nosso dia a dia.

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