top of page

100 Francs – 1995-2001 – Bélgica

  • awada
  • 24 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jun. de 2023

James Ensor. Assim como muitos gênios, foi tardiamente reconhecido.

Por que motivo máscaras de carnaval seriam retratadas em uma cédula de banco? Na verdade, há uma interessante história por trás delas e da pessoa ao seu lado. James Ensor (1860-1949) foi um famoso pintor belga da virada do século XIX. Ele tirava inspiração para as suas pinturas tanto da loja de souvenirs da sua família como da sua cidade natal Ostend, no norte da Bélgica, que na época havia se tornado um resort à beira-mar, com praias, calçadões, cassinos e casas de banho. A loja de souvenirs tinha inúmeras curiosidades – conchas, corais, bonecas, porcelanas e muito mais, além de máscaras que eram vendidas para os participantes do famoso carnaval anual de Ostend, ainda hoje realizado. Ensor gostava muito de participar deste evento e a partir dos anos 1880 as máscaras tornaram-se um item corriqueiro em suas pinturas. Tanto as representações carnavalescas como as máscaras tinham um forte papel simbólico em sua obra, representando as distorcidas relações sociais da época. Para Ensor, suas figuras grotescas significavam as deformidades e os lados sombrios da humanidade. A figura da morte era outro item frequente junto aos personagens de seus trabalhos, para lembrá-los do seu inevitável futuro. As máscaras retratadas nesta cédula são um fragmento da obra intitulada "A Morte e as Máscaras" de 1897. Já a inspiração de Ensor pela paisagem marítima de sua cidade natal é retratada no outro lado da cédula, com um fragmento da obra "Os Banhos de Ostend" de 1890. A frente da sua época, público e críticos de arte a princípio não compreenderam e aceitaram o seu trabalho. Hoje, James Ensor é considerado um verdadeiro pioneiro da arte moderna.

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page