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10 Pounds – 2000 – Grã Bretanha

  • awada
  • 28 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

"É sempre recomendável perceber claramente a nossa ignorância." (Charles Darwin)

A publicação de "A Origem das Espécies" (1859) pelo naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), mudou radicalmente a biologia com sua Teoria da Evolução. Sua explicação para a origem do ser humano representou uma verdadeira revolução, uma vez que, até meados do século XIX, a maioria dos cientistas ocidentais compartilhava a ideia de que Deus tinha concebido todas as criaturas do planeta. Alguns pesquisadores já falavam sobre uma possível evolução das espécies, mas Darwin foi o primeiro a oferecer provas científicas e explicar o mecanismo que a torna possível - a seleção natural. Por causa disso, ele se tornou um dos pensadores e cientistas mais importantes da história. Mas, antes, precisou embarcar em uma viagem extraordinária por cinco continentes, fazer centenas de experimentos e refinar suas ideias ao longo de 20 anos. Tudo começou em 1831, quando o então estudante de 22 anos da Universidade de Cambridge foi convidado a participar de uma grande expedição como naturalista. Ele passou quase cinco anos a bordo do navio HMS Beagle, percorrendo vários continentes, a começar pela América do Sul. Ele recolheu dezenas de exemplares de espécies vivos e fósseis, além de fazer inúmeras ilustrações. Os fósseis deram a ele uma das primeiras pistas sobre a evolução ao se deparar com os restos de um milodonte, um animal gigante já extinto, parecido com a preguiça. Ele deduziu que a semelhança não poderia ser mera coincidência. Ao passar pelo arquipélago de Galápagos, no Oceano Pacífico, o naturalista observou que em cada ilha existiam espécies distintas de tartarugas, que se diferenciavam pelo tamanho do pescoço e pelo formato do casco. Após anos de estudo, ele chegou à conclusão de que as diferenças eram produto da evolução. De acordo com sua teoria, há uma luta pela sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o mais forte e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive. No ambiente árido, as tartarugas de pescoço longo alcançavam os arbustos para se alimentar. Enquanto aquelas que viviam em locais úmidos, podiam se alimentar de gramíneas e se proteger dos predadores graças ao pescoço curto e à carapaça arredondada. Avanços científicos vieram a comprovar a teoria de Darwin, e até a Igreja Católica acabou aceitando, décadas mais tarde, com as devidas ressalvas, que a evolução era compatível com a fé.

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