10.000 Rupiah– 1975 – Indonésia
- awada
- 22 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2023
Máscaras de Bali – a arte se fundindo com a tradição.


A máscara retratada nesta cédula é de um personagem da mitologia de Bali, a mais famosa e badalada ilha da Indonésia. Chamado Barong, ele é o rei dos espíritos, líder das forças do bem, protetor da humanidade e inimigo de Rangda, a rainha-demônio que lidera um exército de bruxos do mal. Porém a batalha entre o bem e o mal é eterna, pois sempre que Barong mata Rangda, ela ressuscita. As máscaras balinesas possuem um significado sagrado, embora isto não seja uma exclusividade de Bali. Desde as máscaras do Dia dos Mortos utilizadas no México até as várias máscaras tribais africanas, elas aparecem em diferentes culturas e diferentes crenças. A diferença está na proeminência das máscaras balinesas. Suas raízes remontam ao animismo, o primeiro estágio da evolução religiosa da humanidade, no qual o homem primitivo acreditava que todas as formas identificáveis da natureza possuem uma alma e agem intencionalmente. Desta forma eles criaram "moradias" para os espíritos e energias nelas residirem ou visitarem o mundo físico. Quando as influências do Hinduísmo chegaram a Bali, a religião interagiu e se tornou dinamicamente aculturada com o antigo sistema de crenças existente. As máscaras e outros objetos da cultura balinesa mantiveram seu papel e função, ao mesmo tempo que os ensinamentos do novo sistema religioso ia sendo introduzido e ampliado. Os hindus balineses criaram sua própria interpretação das mitologias e dos ensinamentos do Hinduísmo através de suas danças, suas músicas e suas máscaras. Hoje em dia as máscaras ainda são usadas em procissões, rituais em templos, e até em cerimônias que celebram marcos pessoais, como casamentos e rituais fúnebres. Da mesma forma elas também são usadas para propósitos não espirituais, em apresentações e até mesmo no seu carnaval, sem falar que são um dos souvenirs mais procurados pelos turistas.
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