Turismo nas Bahamas: De rota marítima colonial ao paraíso internacional.

As Bahamas, um arquipélago com mais de 700 ilhas e ilhotas no Atlântico Norte, foram colonizadas pelos britânicos no século XVII. Devido à sua posição estratégica entre o Caribe e o continente americano, as ilhas foram historicamente utilizadas primeiramente como um refúgio de piratas no século XVIII e posteriormente como um importante entreposto colonial britânico. O turismo começou timidamente com viajantes ricos britânicos e americanos no fim do século XIX. Entre 1920 e 1930, o período da Lei Seca nos Estados Unidos impulsionou o turismo, fazendo das Bahamas um refúgio para americanos em busca de álcool e cassinos. Após a Segunda Guerra Mundial, com a popularização das viagens aéreas comerciais, as Bahamas se tornaram um destino fácil e acessível principalmente para turistas norte-americanos. Isto fez o governo local investir pesadamente em infraestrutura turística, promovendo o país como um paraíso de clima tropical, praias e águas cristalinas. A partir da sua independência do Reino Unido em 1973, o turismo foi oficialmente estruturado como o setor chave da economia, com projetos de luxuosos mega resorts e o crescimento dos cruzeiros transatlânticos. A indústria do turismo passou a representar cerca de 50% do PIB e mais de 60% do emprego nacional. Apesar dos desafios recentes como o do devastador furacão Dorian e a crise da pandemia do COVID-19, ambos em 2019, além das pressões ambientais ligadas à construção de resorts e à elevação do nível do mar, as Bahamas continuam sendo um dos destinos mais visitados do Caribe, com milhões de turistas do mundo inteiro por ano. As duas imagens nestas cédulas são algumas das inúmeras atrações deste paraíso tropical: o Sea Garden e a Paradise Beach.