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1 Dinar – 1975-92 – Jordânia

  • awada
  • 24 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2023

Se Jerusalém é importante para o Islã, por que ela não é citada no Corão?

As mesquitas do Domo da Rocha e de Al Aqsa, ambas retratadas nesta cédula jordaniana, estão no centro dos protestos de palestinos contra israelenses e nos discursos de ódio de muitos terroristas. O lugar onde estão, conhecido como Monte do Templo, em Jerusalém, é sagrado para judeus, cristãos e mulçumanos. Para o Islamismo, Jerusalém é considerada o terceiro lugar mais sagrado depois das cidades sauditas de Meca e Medina. Como explicar este fato se Jerusalém sequer é citada no Corão? Em um passagem desse livro, é dito que em 621 d.C. Maomé realizou uma viagem noturna entre a Mesquita Sagrada, que sabidamente era Meca, até a mesquita "mais distante". Em árabe, "al aqsa" quer dizer justamente isso - mais distante. Segundo o relato, a viagem foi feita no lombo de uma criatura mítica, Buraq, um animal alado, metade mula, metade cavalo. Desse lugar longínquo, "al aqsa", o profeta subiu aos céus em uma escada milagrosa. Segundo a tradição islâmica, o Corão foi recitado pelo anjo Gabriel para Maomé ao longo de vários anos, entre 609 d.C. e 632 d.C. Historicamente, sabe-se que o profeta nunca deixou a Península Arábica. Pela proximidade, quando a região da Palestina aparece no texto, é indicada como "a terra mais perto". Na época do profeta, ela ainda não estava sob domínio mulçumano. Só perto de 715 d.C. é que Jerusalém foi vinculada como o lugar de ascensão de Maomé. Isso se deu quando a dinastia dos Omíadas, a primeira do Islamismo, construiu duas mesquitas no Monte do Templo, em Jerusalém. A primeira foi o Domo da Rocha. Para a segunda, eles deram um nome emprestado do Corão, Al Aqsa. Como os Omíadas governaram um império enorme a partir de Damasco, atual capital da Síria, eles cuidaram de trazer a fé mulçumana para mais perto deles. Por estarem nas proximidades de locais históricos importantes para o Judaísmo e o Cristianismo, principalmente o local do Segundo Templo, o local mais sagrado do judaísmo, a área foi e continua a ser altamente sensível e tem sido um foco constante no conflito israelense-palestino.

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