1.000 Guaranies – 2002 – Paraguai
- awada
- 16 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jan. de 2024
Solano Lopez. Um homem determinado a defender sua pátria ou um homem de ambições e vaidades desmedidas?


Francisco Solano Lopez (1827-1870) foi uma das figuras mais controversas da América Latina, particularmente devido a Guerra do Paraguai (1864-1870), também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança. Esta guerra mobilizou Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai por questões de interesse político, territorial e econômico. Ela foi economicamente desastrosa para ambos os lados, mas o Paraguai em particular saiu completamente arrasado, uma vez que grande parte dos conflitos se deu em seu território. O seu estopim foi a retaliação de Solano Lopez à interferência do Brasil na disputa política no Uruguai, o que levou à declaração de guerra ao Brasil, ao aprisionamento da embarcação brasileira Marquês de Olinda no Rio Paraguai e a posterior invasão do Mato Grosso em 13 de dezembro de 1864. A entrada da Argentina no conflito ocorreu quando tropas paraguaias que também queriam interferir na disputa política no Uruguai invadiram o território argentino. Apesar de em um primeiro momento Solano Lopez obter vantagem nos confrontos devido ao seu exército bem treinado e bem armado, a fase final da guerra foi marcada pelo esgotamento do Paraguai. Depois da queda de sua capital, Assunção, e da instalação de um novo governo provisório no Paraguai, a guerra transformou-se em uma caçada à Solano Lopez. Esta caçada encerrou-se em março de 1870, quando soldados brasileiros mataram o ex-ditador na Batalha de Cerro Corá. Registra a História que a tarefa de identificar Solano López pelos seus perseguidores foi facilitada em razão dele ser o único indivíduo robusto, notadamente gordo entre os seus, estes raquíticos, devido à falta de víveres e padecendo as maiores misérias. Estima-se que 150 mil paraguaios, 50 mil brasileiros, 18 mil argentinos e 3 mil uruguaios tenham morrido nesta guerra.
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