Uma soberana entre colheitas: a rainha que viveu como camponesa.

Ela nasceu em 1914 como princesa Maria da Romênia,  em 1922 tornou-se rainha Maria Karađorđević do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, depois em 1929 rainha Maria da Iugoslávia, e quando morreu era uma simples camponesa. Esta é a história resumida da vida da personagem vista nesta cédula: Maria von Hohenzollern-Sigmaringen (1914-1961). Apesar de sua vida na corte, onde recebeu uma educação refinada, senso de dever e inclinação para as artes, ela ficou mais conhecida por seu estilo simples, proximidade com o povo e atividades de caridade e beneficência. Ao ficar viúva com apenas 20 anos após o assassinato de seu marido, o rei Alexandre I da Iugoslávia, ela optou por se manter afastada dos conflitos internos da regência, dedicando-se aos seus três filhos pequenos e à sua vida privada. Com a invasão alemã no início da Segunda Guerra Mundial e a dissolução do Reino da Iugoslávia, Maria e seus filhos se exilaram. Seu filho mais velho, Pedro II, que ainda menor havia herdado o trono, partiu para Londres como chefe de Estado no exílio, enquanto Maria decidiu não seguir a corte. Ela se estabeleceu discretamente no interior da Inglaterra, onde comprou uma propriedade rural e passou a administrar uma fazenda, trabalhando ela mesma no cultivo e no trato dos animais, algo que causava estranheza para uma rainha, mas que era visto como sinal de humildade e resiliência. Ela também se envolveu em obras de assistência em favor dos refugiados iugoslavos e soldados aliados. Após a guerra, com a instalação da República Popular da Iugoslávia sob Tito, a monarquia foi abolida e Maria permaneceu definitivamente no exílio, sendo sepultada na Inglaterra. Somente em 2013 seus restos mortais foram repatriados para a então República da Sérvia, junto ao marido.