500 Francs – 1942 – França
- awada
- 13 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de jan. de 2024
A paz e seu simbolismo. Um conceito que nem sempre esteve (ou está) ligado à ausência de guerras.


Esta cédula, com a alegoria feminina da Pax (a palavra latina para paz) segurando um ramo de oliveira como uma oferta de paz, circulou na França em um período em que houve de tudo, menos a paz - 1940 a 1945. Pax era a deusa romana da paz, derivada e por eles adotada de sua antiga equivalente grega Irene, filha do deus Zeus e da deusa Themis. A adoração e a mitologia romana primitiva estavam muito baseadas no panteão de deuses e deusas gregos. Divindades gregas antigas que se alinhavam com os valores romanos de conquista, força e pragmatismo, como Marte (Ares para os gregos) e Juno (Hera para os gregos), logo foram adotados por Roma no início da sua república. Pax era uma divindade relativamente desconhecida dos romanos, pois tinha pouco a ver com a sua filosofia. A ideia romana para a paz derivava da palavra "pacisci" e era vista mais como um pacto que finalizava uma guerra e levava a uma rendição ou aliança com outra facção, em vez da noção atual de paz como a ausência de guerra. Os romanos viam a paz como a submissão à sua superioridade, o que era resultado da guerra e não da sua ausência. Porém seu culto foi organizado e popularizado em Roma durante o governo do imperador Cesar Augusto, que reinou de 27 aC. até sua morte em 14 dC. Augusto usou suas imagens para estabilizar o império após os anos de turbulência e guerra civil que se seguiram ao fim da República Romana. Augusto encomendou um altar da paz em sua homenagem no Campo de Marte, então a área mais populosa da antiga Roma, o qual foi chamado de “Ara Pacis” e celebrava o que ficou conhecido como a Pax Romana, um período de aproximadamente 200 anos da história identificado como a era de ouro do imperialismo romano. Mas assim como a paz que não houve entre 1940 e 1945 durante a Segunda Guerra Mundial, este período também foi marcado por várias revoltas e guerras para sustentar o poder hegemônico e a contínua expansão territorial de Roma. No mundo atual o simbolismo da paz passou a ser representado pelo pombo e pela bandeira branca.
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