Jenny Lind, uma das primeiras celebridades femininas da América.

Muito antes das famosas atrizes hollywoodianas como Marilyn Monroe e Katharine Hepburn se tornarem estrelas icônicas, cantoras de ópera do início a meados do século XIX estavam entre as primeiras celebridades americanas. Uma dessas estrelas foi a retratada nesta cédula - Jenny Lind (1820-1887), apelidada de "Rouxinol Sueco". Assim como os profundos decotes e vestidos justos de Monroe moldaram sua imagem sensual nos anos 1950 e os terninhos e ombreiras de Hepburn projetaram sua autoconfiança e atletismo, as bonecas de papel de Lind mostraram como o mundo moldou a cantora. Nascida na Suécia em 1820, Lind se apresentava pela Europa desde seus 11 anos e estava prestes a se aposentar aos 28 quando foi convidada a uma turnê pela América. Pouco depois, em setembro de 1850, ela já era considerada uma das mulheres mais famosas e celebradas da América. A campanha publicitária criada para a sua chegada atraiu mais de 30.000 pessoas ao porto de Nova York para sua recepção. A forte publicidade que ela recebeu criou um movimento chamado "Lindomania", onde produtos de consumo promocionais e souvenirs como luvas, gorros, chapéus, xales e as então famosas bonecas de papel passaram a ser vendidos por todo o país, que, assim como as modernas "barbies", eram acompanhadas de diferentes figurinos. Seu contrato de 18 meses e uma turnê que envolveu 150 apresentações lhe rendeu 350 mil dólares, uma fortuna para a época, e que foi totalmente doada para instituições suecas de caridade, principalmente para as escolas públicas de seu país. Apesar de seu enorme sucesso, tanto na Europa como na América, a crítica da época a considerava em termos vocais inferior a algumas de suas predecessoras e até mesmo de algumas contemporâneas. Muito do seu sucesso foi atribuído a massiva propaganda feita a seu favor bem como a sua reconhecida generosidade e caridade.