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1 Dalasi – 1978 – Gâmbia

  • awada
  • 10 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de jan. de 2024

A saga de uma família americana desde suas origens na distante Gâmbia até os dias de hoje.




A Gâmbia, o menor país não insular da África, ocupa uma estreita faixa de terra plana com costa para o Oceano Atlântico, que nunca ultrapassa os 50 km de largura ao longo de seus 480 km de terras que se estendem em direção ao interior. Cercada totalmente pelo vizinho Senegal, ela tem como espinha dorsal um rio navegável ao longo de toda sua extensão - o rio Gâmbia. O peculiar tamanho e formato deste país foram resultado de acordos que datam do século XVIII entre a Grã Bretanha, que controlava a região do curso inferior do rio Gâmbia, e a França, que administrava a colônia do Senegal. Sua história registrada teve início nos séculos IX e X, quando comerciantes árabes criaram uma rota que comercializava escravos, ouro e marfim. No século XV, os portugueses herdaram este comércio, até que os direitos de exclusividade de comércio na região do rio Gâmbia foram vendidos aos britânicos. A partir do século XVII e durante todo o século XVIII a região do rio Gâmbia foi alvo de disputa entre a Grã Bretanha e a França, até que em 1783 o Tratado de Paris deu a posse do rio Gâmbia aos britânicos. Mais de 3 milhões de escravos foram enviados desta região para as colônias britânicas nas Américas. Em 1965 a Gâmbia obteve sua independência do Reino Unido e, por um curto período de tempo, entre 1982 e 1989, ela formou uma confederação com o Senegal chamada Senegâmbia. Desde que se tornou independente, a Gâmbia teve apenas três presidentes. O primeiro, Dawda Jawara, retratado nesta cédula, governou o país por 22 anos, até sofrer um golpe de estado em 1994. A Gâmbia é internacionalmente conhecida pela ancestral aldeia de Juffure, lar do personagem principal da famosa obra do norte-americano Alex Haley (1921-1992) "Raízes: A saga de uma família americana". Lançado em 1976, o livro narra a história das sete gerações de sua família, começando com Kunta Kinte, um guerreiro da tribo Mandinka, desde sua captura ainda adolescente em 1767 e sua venda como escravo nos EUA, até as consequências da escravidão na vida das pessoas ainda nos dias de hoje. Embora tenha sido apresentado como um relato histórico e não uma obra de ficção, é altamente improvável que Alex realmente tenha encontrado a aldeia de onde seus ancestrais surgiram.

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