5 Ringgit – 1983-84 – Malásia
- awada
- 25 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2023
O direito de dizer "Deus" entre mulçumanos e cristãos divide uma nação.


Os muçulmanos representam mais da metade da população dos seus 32 milhões de habitantes (61%) e são principalmente malaios de etnia malaia. A Malásia costuma se orgulhar de ser uma nação muçulmana moderada, o que permite a outras religiões liberdade de culto. Mas suas atitudes conservadoras com relação a religião gradativamente estão aumentando. As restrições impostas pelo Islã tem preocupado muitos não-muçulmanos na Malásia, entre eles os budistas (20%), os cristãos (9%) e os hinduístas (6%). Por exemplo, nos últimos anos igrejas cristãs foram atacadas com bombas incendiárias e Bíblias foram apreendidas em face de uma disputa contínua entre cristãos e muçulmanos sobre o uso da palavra "Alá". A minoria cristã insiste em usar o termo há séculos na língua malaia para se referir ao deus cristão. Mas em 1986, o governo proibiu os não-muçulmanos de usarem a palavra "Alá" nas suas publicações. A simples menção na língua malaia de " “Sepuluh hukum dari Allah”, ou "Os Dez Mandamentos de Deus" passou a ser uma infração na Malásia. A situação piorou ainda mais depois que o Supremo Tribunal de Kuala Lumpur, a capital da Malásia, decidiu, em dezembro de 2009, acatar um recurso por parte de cristãos de que a palavra "Alá" não era exclusiva do Islã. Depois mais de dez anos, em 1921, a Suprema Corte decidiu referendar a sua utilização pelos cristãos, dizendo que a diretiva que proibia o uso da palavra era ilegal e inconstitucional. Com a cédula mostrada acima, emitida entre os anos 1983 e 1984 aconteceu algo que demonstra esta tensão. O seu verso retrata o Istana Negara, ou o Palácio do Rei, a residência oficial de Sua Majestade em Kuala Lumpur, a capital da Malásia, com o mastro de bandeiras na forma de uma cruz. Isto foi mal interpretado pela população mulçumana como um símbolo religioso e ofensivo ao Islã. Nas séries emitidas a partir de 1986, para estancar a crescente tensão, a barra horizontal do mastro foi retirada de forma a eliminar a cruz.
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