"Não tenho nada a oferecer a não ser sangue, trabalho, lágrimas e suor." (Sir Winston Churchill)

Amplamente considerado um dos homens mais importantes do século XX, Winston Churchill (1874-1965) continua a ser popular no Reino Unido e no mundo ocidental, onde é visto como um líder extremamente inteligente que levou à vitória o Reino Unido e os países aliados na Segunda Guerra Mundial e que desempenhou um papel fundamental no combate ao fascismo europeu. Mas nos últimos anos seus críticos no Reino Unido sugerem que a visão histórica sobre o primeiro-ministro seja revista. Churchill nunca escondeu sua crença na "supremacia branca" e considerava os indianos uma "raça inferior". Como muitos de sua geração, considera-se que ele também tinha visões antissemitas. Por outro lado, seus apoiadores dizem que tudo isso se tornou uma "nota de rodapé" na história por causa da liderança de Churchill durante a guerra, que foi vital para manter o moral das tropas e da população em geral contra as ameaças impostas pelos nazistas. Também argumentam que ele não deveria ser julgado pelos padrões de hoje, e que, apesar de suas falhas, ele foi um grande homem. No entanto, controvérsias sobre seu legado continuam. Entre as acusações mais veementes estão a forte repressão de Churchill contra separatistas irlandeses e mineiros galeses no início do século, e por ser responsável por piorar os efeitos de uma grande fome que em 1943 matou cerca de três milhões de indianos na província de Bengala, quando o território ainda era colônia britânica. Essa grande fome se deu após o fracasso de safras de arroz devida a uma grande inundação ocorrida em Bengala e a invasão dos japoneses da Birmânia, outra colônia britânica, que interrompeu o transporte de arroz para a Índia. Churchill recusou-se a atender aos pedidos da Índia por trigo e continuou a insistir para que a colônia fornecesse arroz e combustível para o esforço de guerra. Mesmo sendo escolhido em uma enquete da BBC em 2002 como o maior britânico de todos os tempos e de ser homenageado nesta cédula de 2015, seu passado ainda continuará a gerar controvérsias por muito tempo.