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5 Pesos – 1963 – México

  • awada
  • 2 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 9 de dez. de 2023

Às vezes a lenda por trás de uma cédula suplanta a realidade e perdura por gerações.



Esta cédula circulou no México por quase 50 anos, de 1925 a 1972. Logo na sua primeira emissão, a mulher nela retratada gerou um acalorado debate entre os mexicanos. Inicialmente ela foi chamada "La Gitana" (A Cigana). Embora sua identidade na época não tenha sido oficialmente divulgada, não demorou muito para ela ser identificada como Gloria Faure, uma "artista" catalã que estava se apresentando no México em 1925. Segundo a lenda, ela era amante de Alberto Pani, o Ministro das Finanças do governo mexicano. Após o escândalo ser instaurado, Pani se ofereceu para renunciar, mas o presidente Plutarco Calles recusou a renúncia, tendo depois dito aos seus deputados que ele não queria um gabinete de eunucos. Este veemente apoio ao seu ministro deveu-se possivelmente à queda do próprio presidente ao sexo fraco, sendo ele mesmo suspeito de ter orquestrado esforços para o aparecimento de Gloria Faure na cédula, e não o seu ministro. Por outro lado, a realidade não é tão empolgante quando a ficção. Em 1976 esta controvérsia foi finalmente esclarecida quando a American Bank Note Co., a empresa norte-americana responsável pela impressão destas cédulas, revelou que a gravura que aparecia nas cédulas de 5 pesos era na verdade de uma garota argelina que constava no seu catálogo comercial de vinhetas, ou seja, de composições tipográficas prontas para escolha dos bancos contratantes. O assunto foi assim finalmente esclarecido, mas a lenda de "La Gitana" sobrevive no México até os dias de hoje.

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