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5.000 Rials – 1983-93 – Irã

  • awada
  • 15 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de dez. de 2023

Os protestos populares que derrubaram uma dinastia de 54 anos.



Em 1979 o Irã passou de uma monarquia autocrática pró-Ocidente comandava pelo Xá Reza Pahlavi (1919-1980) para uma república islâmica teocrática anti-Ocidente sob o comando do aiatolá Khomeini (1902-1989). Esta transição se deu através de um processo conhecido como Revolução Islâmica. A forte repressão política levada a cabo pela polícia secreta do Xá conhecida como SAVAK, problemas como a pobreza e a inflação, além da rivalidade islâmica que se opunha à ocidentalização do Irã, foram os principais promotores desta revolução. Ela teve início em 1978 quando uma série de protestos criou um ciclo ascendente de violência que levou ao fim da monarquia com o abandono de Reza Pahlavi do país e o retorno do então exilado aiatolá Khomeini. Khomeini, um crítico feroz do regime do Xá, havia sido preso em 1963 e exilado em 1964, passando a residir no Iraque de Saddam Hussein. Porém sua crescente influência no mundo islâmico fez com que Saddam o expulsasse do país em 1978, forçando o líder religioso a se mudar para Paris, de onde passou a comandar uma revolta popular contra o regime do Xá. Em fevereiro de 1979, depois de 15 anos de exílio, Khomeini retornou ao país, tornou-se seu líder supremo e governou o Irã até a sua morte em 1989. Mais de 30 anos após sua morte, Khomeini continua a ser uma referência de primeira ordem no Irã, onde seu legado teológico-político continua vigorando nas instituições que ajudou a criar. Onipresente no espaço público, nas administrações, nos vestíbulos dos hotéis e até nos estádios de futebol e hospitais, o retrato do homem de olhar penetrante, que derrubou a monarquia em 1979, também aparece na maior parte das cédulas iranianas como na vista acima, onde uma multidão liderada por mulás – clérigos islâmicos locais e líderes de mesquitas – encabeçam uma multidão pedindo o retorno de seu líder religioso.

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