20 Shilin Soomaali – 1978 – Somália
- awada
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
Pirataria ontem e hoje – o crime que nunca afundou.


Ouvir falar em pirataria marítima nos dias atuais pode soar um pouco estranho, mas ela é uma realidade. Ela é tão antiga quanto a navegação, mas sua forma mais conhecida surgiu com a Era dos Descobrimentos nos séculos XV a XVII. Com o crescimento do comércio marítimo entre Europa, Américas, África e Ásia, aumentaram também os ataques de piratas em busca de riquezas transportadas por navios. Durante esse período, a pirataria teve apoio indireto de governos europeus. Corsários, como Francis Drake (Inglaterra), atacavam navios inimigos sob autorização real. Porém a linha entre corsário e pirata era tênue, já que muitos agiam por conta própria. O Caribe, o Atlântico e a costa africana tornaram-se centros da pirataria. Entre 1650 e 1730, a pirataria atingiu seu auge, com figuras lendárias como Barba Negra, Henry Morgan e Anne Bonny. Os alvos eram, sobretudo, navios mercantes europeus que levavam ouro, açúcar e escravos. A repressão cresceu à medida que as potências europeias consolidavam suas marinhas e protegiam suas rotas comerciais. Com o fortalecimento dos impérios coloniais e da presença naval global, especialmente a britânica, a pirataria foi praticamente erradicada das principais rotas comerciais. Tratados internacionais passaram a classificar a pirataria como crime universal. A pirataria quase desapareceu, restrita a atos isolados em regiões instáveis. Contudo, com o crescimento da globalização e do transporte marítimo, novas formas de pirataria começaram a emergir no início do século XXI. O fenômeno ressurgiu de forma preocupante entre 2005 e 2012 nas costa da Somália, com sequestros de navios mercantes atrás de resgates. Diferente da pirataria clássica, a moderna está ligada ao crime organizado, explorando áreas de fraca governança e pobreza costeira, como é o caso da Somália. Isto provocou a reação através de iniciativas de combate internacional e, apesar de ter havido uma drástica redução, ainda hoje ela perdura no Golfo de Áden e no oceano Índico.
Comments