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20 Dinars – 1992 – Tunísia

  • awada
  • 26 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023

O simbolismo do cavalo branco nas nossas culturas e no nosso imaginário.

Kheireddine Ettounsi (c.1822-1890) foi um militar e político otomano-tunisiano que se tornou um ativo reformador do sistema político, econômico, judiciário e administrativo da Tunísia, baseado nos modelos europeus da época. Como militar, ele teve uma carreira meteórica, passando de comandante de batalhão em 1840 à major-general em 1853, o posto militar mais alto depois do próprio "bei de Túnis", o soberano da Tunísia. Como político, ele primeiramente serviu como grão-vizir da Tunísia entre 1873 e 1877, e mais tarde alcançou o alto posto de grão-vizir do Império Otomano, servindo em Istambul de 1878 a 1879. Ao morrer em 1890 em Istambul ele teve seus restos mortais repatriados para a Tunísia. Mas o que chama a atenção nesta cédula é o seu retrato montando um imponente cavalo branco. Cavalos brancos sempre tiveram um significado especial nas culturas ao redor do mundo. Na tradição cristã frequentemente estão associados à heróis ou santos guerreiros ou cavaleiros do fim dos tempos. É clássica a imagem de São Jorge, o santo padroeiro dos cavaleiros, combatendo o dragão sobre seu cavalo branco. Seu simbolismo também foi adotado na literatura, na arte, no cinema e em outras narrativas. O príncipe heroico ou o cavaleiro dos contos de fada costumam montar um cavalo branco. E não pode deixar de vir à tona o célebre cavalo de Napoleão, que gerou a famosa frase "De que cor era o cavalo branco de Napoleão?". Apesar de seu tom de piada, a pergunta é pertinente e a resposta é óbvia - o cavalo era de várias cores, já que segundo historiadores Napoleão usava mais de 50 cavalos. O mais famoso ficou conhecido como Marengo, que ganhou, assim como seu dono, biografias e epítetos épicos, como "o poderoso corcel", "o garanhão tordilho". Mas o real motivo da pergunta acima é sua relação com uma das imagens mais icônicas de Napoleão - a pintura "Napoleão Cruzando os Alpes", de Jacques Louis David. Nela Napoleão surge com sua capa esvoaçante montado em seu cavalo...branco? marrom? castanho? Na verdade, todas opções estão certas. David pintou nada menos que cinco diferentes versões de Napoleão montado em seu cavalo, todas elas hoje expostas em museus. A verdadeira cor de Marengo, porém, permanece um mistério.

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