"Os justos florescerão como a palmeira e crescerão como o cedro-do-líbano" (Salmo 92:12)

O cedro-do-líbano (Cedrus libani) é o emblema nacional do Líbano, e é exibido na sua bandeira e brasão. Como dizem os libaneses, ele representa não apenas seu passado, mas também uma garantia para o futuro, pois "um cedro sempre verde é um povo sempre jovem". Metonicamente, o Líbano é conhecido como a "Terra dos Cedros". A história desta nobre árvore é tão antiga quanto nossa própria civilização. Ao longo dos séculos fenícios, israelitas, egípcios, assírios, babilônios, persas, romanos, árabes e turcos usaram sua madeira, seja para a construção de seus navios mercantes e militares, seja para a construção de seus palácios e templos. Ele é citado 85 vezes na Bíblia e consta que o Rei Salomão utilizou sua madeira para construir seu Templo em Jerusalém. Além disso a resina perfumada de sua madeira era usada pelos egípcios na mumificação de seus mortos. As montanhas do Líbano no passado estavam cobertas por florestas de cedro-do-líbano. Após séculos de persistente desmatamento, sua extensão foi acentuadamente reduzida. Um dos últimos vestígios de cedros-do-líbano em seu habitat natural chama-se "Floresta Cedro de Deus" e fica no Vale do Kadisha, na cidade de Bsharri, no norte do Líbano. Ainda agrupando árvores centenárias e algumas até milenares, em 1998 ela foi declarada um Patrimônio Mundial pela Unesco. Como lindamente retratado nesta cédula, os cedros são ainda mais impressionantes no inverno, quando são envolvidos por um manto de neve imaculada. Por tudo isso não é à toa que eles foram cantados ao longo do tempo por poetas, profetas e historiadores.