100 Drachmai – 1944 – Grécia
- awada
- 18 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de jun. de 2023
Constantine Kanaris. O "Vingador de Chios".


O que o personagem e o navio afundando em chamas nesta cédula pode nos contar? Muito. O personagem é Constantine Kanaris, uma das grandes figuras na guerra de independência grega contra a ocupação turca. Os gregos associam seu nome à coragem, vontade, paixão e patriotismo, o que o tornou um popular e admirado herói nacional. Nascido por volta de 1790 na pequena ilha de Psara, no Mar Egeu, ainda muito jovem ele ficou órfão. A saída natural em uma ilha de marinheiros foi se tornar marinheiro, com o sonho de muita aventura e dinheiro. Logo ele tornou-se capitão de um pequeno navio. Em 1821 teve início uma série de revoltas de gregos no Peloponeso para derrubar o domínio otomano. A própria ilha de Psara formou uma frota, com Kanaris como capitão de um navio-bombeiro. Enquanto isso, o sultão do Império Otomano, Mahmed II, em retaliação a expulsão dos mulçumanos da região do Peloponeso, enviou um frota com 45.000 homens para a ilha de Chios, vizinha de Psara, onde 25.000 gregos foram mortos e outros 45.000 escravizados, no que ficou conhecido como o "Massacre de Chios". O revide grego veio rápido. A frota de Kanaris se dirigiu para a vizinha ilha de Chios. A nau capitânia dos turcos com seu almirante e outros oficiais, ainda estava no porto celebrando a vitória. Kanaris e seus 36 homens, com dois barcos conseguiram se aproximar da nau capitânia sem serem notados e incendiá-la. Enquanto Kanaris e seus homens escapavam, o navio explodiu matando mais de 2.000 oficiais da marinha otomana, inclusive seu almirante. Ali nasceu o herói nacional Constantine Kanaris. Apesar desta e outras ações heroicas de Kanaris, a resistência grega estava em posição inferior e irremediável contra o Império Otomano. Somente a intervenção das potências ocidentais salvou a revolução grega e trouxe a independência da Grécia em 1830. Infelizmente Kanaris nunca viu as ilhas de Psara e Chios livres. Ambas tiveram que esperar até 1912 para finalmente serem integradas à pátria-mãe grega, 35 anos após a morte de Constantine Kanaris em 1877.
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