A Cruz de Santa Eufrosina e sua história digna de uma relíquia sacra.

A Cruz de Lorena é uma entre os diversos tipos de cruz que surgiram ao longo dos tempos na Era Cristã. Sua origem data do final do século XII, no antigo Reino dos Húngaros, sendo que posteriormente ela foi adotada pelo Império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente. Ela é uma variante da Cruz Latina na qual Cristo foi crucificado. Ela possui duas barras horizontais cruzando a vertical, onde a barra inferior e mais longa representa o braço da própria Cruz Latina, e a barra mais curta representa a tabuleta com a inscrição latina INRI (Iesus Nazarenus, Rex Iudaeorum), ou seja, "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus". A Cruz de Lorena é um dos símbolos nacionais de vários países, entre eles a Bielorrússia, Hungria, Eslováquia e Lituânia. Uma das relíquias religiosas mais veneradas da Bielorrússia é a Cruz de Santa Eufrosina. Ela foi confeccionada em 1161 a pedido da Ordem de Santa Eufrosina de Polatsk e desapareceu em 1941 durante a rápida ocupação da Bielorrússia pelas forças nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Até hoje há apenas especulações sobre o seu provável destino, além da sua possível destruição em um incêndio, já que se tratava de um objeto de madeira esmaltada decorada com ouro e pedras preciosas. A versão por parte dos soviéticos é que a cruz foi saqueada pelos alemães, porém em 1991 o governo da Bielorrússia alegou que a cruz, assim como outros tesouros do país, foi levada para Moscou. Em 1997 um artesão bielorrusso finalizou uma réplica oficial da cruz, a mesma mostrada nesta cédula, e que hoje encontra-se em exibição na Catedral de Polatsk.