top of page

1 Dinar – 1965 – Jordânia

  • awada
  • 7 de jun.
  • 2 min de leitura

O monarca que escolheu a paz em tempo de guerra.

Hussein bin Talal (1935-1999), conhecido como Rei Hussein I da Jordânia, governou seu país de 1952 até sua morte em um dos períodos mais complexos da política do Oriente Médio no século XX. Ao assumir o trono, Jordânia e Israel já estavam em conflito. A guerra árabe-israelense de 1948, que seguiu a criação do Estado de Israel, resultou na anexação da Cisjordânia pela Jordânia e no fluxo de refugiados palestinos para o território jordaniano. Esta hostilidade continuou na década de 50-60, culminando na Guerra dos Seis Dias em 1967, quando a Jordânia, apesar de procurar a neutralidade, foi pressionada por alianças árabes a entrar no conflito contra Israel. A decisão foi catastrófica: a Jordânia perdeu a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, territórios de importância geopolítica e religiosa. O enfraquecimento de Hussein o levou a uma reavaliação estratégica. Ele passou a buscar caminhos de diálogo com Israel, mesmo que de forma discreta. Isto ficou claro nos anos 70-71, quando ocorreu o conflito conhecido como "Setembro Negro", onde Hussein passou a combater a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) que ameaçava a soberania jordaniana, o que resultou na sua expulsão para o Líbano e foi vista com simpatia estratégica por Israel. O ponto culminante de sua política externa em relação a Israel foi o Tratado de Paz de 1994. A Jordânia foi na época apenas o segundo país a fazê-lo, depois do Egito em 1979. Esse acordo marcou uma virada histórica: estabeleceu relações diplomáticas formais com Israel, além da cooperação em segurança e comércio. A assinatura do tratado foi um ato de coragem política. Hussein enfrentou oposição interna — tanto da população, quanto de setores políticos — mas entendeu que a estabilidade do reino dependia da paz regional.

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page